Alma de Boêmio
A minha sorte foi tirana e a desdita,
Me faz sofrer por amar quem não me quer,
Isto acontece para o homem que acredita,
Que existe amor no coração de uma mulher.
Por mais que eu queira esquecer o meu passado,
Meu sofrimento é viver pensando nela,
E os amigos pra me verem magoado,
Quando me encontram, vem me dar notícias dela.
Só tenho a lua e a bebida como herança,
Este mulher me este maldito prêmio,
E hoje dela só me resta uma lembrança,
A torturar a minha alma de boêmio.
Embriagado, passo às noites pelas rua,
Ninguém tem pena deste meu triste viver,
Olho pro céu pra contemplar a luz da lua,
E representa, sua imagem aparecer.
Foi o desgosto que atirou-me nesta vida,
Abandonado e renegado pelo mundo,
Eu vivo sempre naufragado na bebida,
Tornei-me apenas um boêmio vagabundo.
Perdi amigos, perdi tudo que já tive,
Em altas noites, só o sereno me abraça,
E esta mulher na mesma rua ainda vive,
Segue com outro, a brindar minha desgraça.
( Ela recitando )
Se hoje estás abandonado, tú mesmo és culpado, pois não me soubeste amar,
tú caminha sem guarida, e eu, triste, brindo tua despedida, na mesa deste bar.
( Ele recitando )
Segue, segue agarrada à tua taça, zombando de minha desgraça, que breve
chegará ao fim, quando eu for pra eternidade, tú lembrarás com saudade, e
hàs de chorar por mim.
Foi o desgosto que atirou-me nesta vida,
Abandonado e renegado pelo mundo,
Eu vivo sempre naufragado na bebida,
Tornei-me apenas um boêmio vagabundo.
Perdi amigos, perdi tudo que já tive,
Em altas noites, só o sereno me abraça,
E esta mulher na mesma rua ainda vive,
Segue com outro, a brindar minha desgraça...
Compositores: Benedito Onofre Seviero (Benedito Seviero), Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro)
ECAD: Obra #29513970 Fonograma #832928