Tião do Carro e Santarém

Hóstia Envenenada

Tião do Carro e Santarém


A jovenzinha Cenira
Que na riqueza vivia
Hilário era um caipira
Por quem tinha simpatia
Ele namorou Cenira
O pai dela não queria
Hilário separou dela
Mas prometeu para ela
Que ele voltava um dia

Quem sorria com vontade
Era o velho milionário
O caipira ia ser padre
E era esse o comentário
Mais tarde nesta cidade
Chegou um novo vigário
Cenira até sorriu
O padre que ela viu
Era o seu querido Hilário

Contaram pro milionário
Foi aquela esparrela
Os capangas sanguinários
Invadiram a capela
Nessa hora o padre Hilário
Entregava a hóstia dela
A morte ele pressentiu
Mas ainda conseguiu
Dar a hóstia para ela

A dor que o padre sentiu
Do golpe que recebeu
A Cenira quando viu
O sangue dele correu
Pois ela não resistiu
Dali a pouco morreu
O pai dela milionário
Mandou matar o vigário
E o castigo recebeu

Correram até o doutor
Não puderam fazer nada
O doutor que examinou
Encontrou o fio da meada
A hóstia que ela tomou
Já estava preparada
Ninguém sabe se é má sorte
A causa da sua morte
Foi a hóstia envenenada

Compositores: Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro), Ovidio Carlos Martins
ECAD: Obra #1834008 Fonograma #1066753

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