Todas as noites lá do meu apartamento Eu fico olhando a vida simples da favela Apago as luzes pra que o mundo não me veja E fico ali horas inteiras na janela
O Zé Pedreiro que lá vem trançando as pernas Faz zigue-zague, mas não erra o seu portão Vem sua amada com o filhinho no colo Eles se abraçam e entram no barracão
Para o seu filho ele trouxe pirulito Pra sua amanda trouxe balas de hortelã E nesta cena rotineira de favela Para ela Zé Pedreiro é seu galã
Para ele sua amada é uma rainha O seu barraco é um castelo de marfim Eu lá de cima vejo aquele paraíso Quisera Deus se eu tivesse vida assim
De que adianta luxuoso apartamento Aqui tão alto quase perto do luar Se eu não trago pirulitos e nem balas Se eu trouxesse não teria pra quem dar
O Zé Pedreiro é feliz em sua vida Com seu barraco, seu filho e mulher amada O Zé Pedreiro é rico em sua pobreza Eu na riqueza tenho tudo, estou sem nada
Compositores: Anair de Castro Tolentino (Jack), Jose Caetano Erba (Caetano Erba), Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro) ECAD: Obra #29821