Tiê Alves
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Boi de Nassau

Tiê Alves


Agarrou nos chifres de seu gado alado
E voou bem alto, lindo céu cinzento
Era fevereiro, chuva e Carnaval
Rio Capibaribe, ponte de Nassau

Ê, ê, ê, ê
Era fevereiro, chuva e Carnaval
Ê, ê, ê, ê
Rio Capibaribe, ponte de Nassau

Sopra o vento leste e o boi rodopia
Seus olhos em brasa e a cidade em festa
Todo enfeitado de cores e joias
A roupa do rei, a ilusão que resta

Ê, ê, ê, ê
Pra aplaudir o boi tem que pagar pra ver
Ê, ê, ê, ê
Pra aplaudir o boi tem que pagar pra ver

Agarrou nos chifres de seu gado alado
Voou bem leve feito passarinho
Assombrou crianças, velhos e cristãos
Era Dom Quixote contra os moinhos

Ê, ê, ê, ê
Voou bem leve feito passarinho
Ê, ê, ê, ê
Era Dom Quixote contra os moinhos

Quando o boi pousou teve quem não quis crer
Na realidade nua, indigesta
O animal de estofo falso, empalhado
Estava preso em cordas era o fim da festa

Ê, ê, ê, ê
Quando o boi pousou teve quem não quis crer
Ê, ê, ê, ê
Estava preso em cordas era o fim da festa

Ô, ô, ô
O meu boi voou
Não se duvidou
Ô, ô, ô
O meu boi voou
Na história ficou

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