Ganhei no jogo de osso Um burro véio emburrado Tem os zóio arregalado Lasquiado se faz de loco Corcoviô em riba duns toco Quase me rasga a barriga Pra me levar no bolicho Só a porrete e muita briga De baixo da cola dele Eu ato um feche de ortiga De baixo da cola dele Eu ato um feche de ortiga
Vai e volta corcoviando Torcido e giringonçado Com os dente arreganhado Berrando que nem um touro Eu vou lhe riscando o couro Com a espora sete dente Se atraquemo num banhado Caímo numa vertente Que bicho desajeitado Não garra jeito de gente Que bicho desajeitado Não garra jeito de gente
Eu atirado pra trás Igual pica-pau na furquia Se fumo pra uma cuxia Se enfiemo num bibocão Arrepiando o macegão Carqueja e caraguatá Arranca cupim nas pata Em cada coice quele dá Faz essa baita anarquia Só pra não me carregá Faz essa baita anarquia Só pra não me carregá
Bem na frente do bolicho Ele se pega violento Esbarra eu caio lá dentro No colo da bolicheira Oi que bicho bagaceira Sabe que eu gosto da viúva Ela de vestido curto Dois palmo arriba da curva O dia que não me vê Diz que mia, berra e uiva O dia que não me vê Diz que mia, berra e uiva
Viúva véia lasquiada, mia que nem gato, compreendeu?