Nada de ser mais ou menos Eu sou sempre tudo que sou Não sou de pegar sereno Eu me molho é na chuva de amor Quando vou e quando venho Me pego com nosso Senhor Mas no terreiro também tenho Um santo como protetor
É preciso viver Pra saber separar O que é que se pode dizer Do que é preciso calar O que é sempre comum Do que nunca vai se misturar Qual a prata de Oxum e qual é a de Iemanjá
Tem sempre a hora Da gente ter aonde ir Ou cair fora Sem ninguém pedir
Quem sabe de si não demora E só fica onde tem de ficar Se eu tô aqui te agora É porque ninguém quis me levar
É preciso unir Pra saber separar O que é que se pode medir Do que é preciso pesar O que é sempre o que é Do que nunca vai se revelar Qual a concha da fé E qual é que não dá pra rezar
Compositores: Antonio Eustaquio Trindade Ribeiro (Toninho Geraes), Antonio Carlos Nascimento Pinto (Toninho Nascimento) ECAD: Obra #6498436 Fonograma #11340000