Não vês a agonia a escorrer nas paredes As portas não páram de ranger É como um corte que entra no tímpano Não aguento o barulho de dentro Já não estou só! Já não estou só eu a ouvir... Já anda nas ruas! Já comentam por aí! Qualquer coisa não está bem... Fala-se demasiado alto para quem está tão longe... Fala-se demasiado alto para quem está tão longe... Mas não tinha que haver pedrada alguém levou por arrasto. Mas não tinha que haver pedrada alguém levou por arrasto. A luz continua presa ao tecto Por mais que se tente tirar Está alta de mais Ou encandeia os olhos Ou queima quando se toca Parece que sabe queimar Parece que não tenho janelas Não entra ar aqui Não entra ar aqui Tira a mão quente dos olhos Tira o frio da frente Já tenho tão pouca gente para me encontrar Desata-me os olhos, desata-me a cara Desata o teu corpo dentro do meu Tira-me a voz que puseste no tempo Que não está a querer desistir De pisar os membros no chão De arrancar os braços no tecto Tira-me de mim, vá tira-me de mim Transforma o fraco em coisa forte porque tudo se renova...! Transforma o fraco em coisa forte porque tudo se renova...! Transforma o fraco em coisa forte porque tudo se renova...! Transforma o fraco em coisa forte porque tudo se renova...!