Muitas palavras, sangrentas para que elas servem?

Ou imagens vívidas de absurdos horrores escarlates

De sons gritados que evocam as legiões do

inferno

As notas que você escolhe e as batidas que você vende

Você não está dando toda a glória

a Ele

Porque a sua arte pinta um cordeiro despedaçado

E todas as pessoas compram suas fraudes

Porque você está fazendo um rítmo muito frenético

Disseram a Bach há trezentos anos atrás

"Você trabalha na igreja, há algo que você deve saber

Nós te contratamos para escrever música que glorifique

Mas estas toccatas e fugas simplesmente horrorizam"

Ele disse, "são apenas notas colocadas juntas nas barras

E por que vocês acham isso errado? Eu só levanto os meus braços"

Estripe palavras que evocam pensamentos nauseantes

Disseque e descarte o que fala de cadáveres apodrecendo

O leproso escarnece do doente e do manco

O apedrejamento de Estêvão, o corpo de Jó coberto de feridas

E João Batista - uma cabeça em uma bandeja

Remova essa sangria - porque isso serve?

Você diz que esse rítmo invoca espíritos demoníacos

Mas não me importa como você chama isso

Para mim são duzentas batidas por minuto

Na tablatura eu escrevi

Se você chegasse no local

Do pavor escarlate do Calvário

Os medos fariam seus pés fugirem

e dar as costas ao sofrimento do nosso Senhor