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Paz Naum Ezizt

Tribo Sul


Acordo dum sonho que parecia belo
Mas a realidade é um pesadelo,
Pendurado em círculos
Buscando saídas de modo ridículo
Imensa escuridão, buraco profundo, choro escondido
Lágrimas de sangue de um coração destruído
Sociedade presa no luto conformado
Amor apedrejado, dollar aplaudido
Por ditadores, assassinos, escravos do desejo
Domesticados nas percentagens do vinho, do alentejo
Acende se a luz da esperança, mas nada vejo
Apenas corruptos sobrevoando
O campo dos espíritos do desejo
Na paz, farejo o cheiro do batom da ditadura que beijo
Radiodifusão da injustiça, dias piores antevejo
Desembarcados na maleficência,
Atropelado no caminho pelos filhos da violência
A mplanização proclamou independência,
Mas a neo-colonizaçao assumiu a gerência
Cantando vitória, na luz da artilharia
Demografia, nos traços de pornografia
Batendo palmas ao desfile da falsidade e cobardia
Que embeleza a reconstrução nas toneladas de betão

Coro
Olha para mim, meu, seu, teu e veras que angola é uma mentira
A política é uma falsa, democracia não existe
Reconciliação é uma fachada
Pois a paz não existe

Lá vão alguns anos em que savimbi deu o go
O galo negro calou, mas quase nada mudou
Tanta promessa, mas persiste o mesmo show
Entre os sons da floresta o silêncio do rio
Na voz do sacrifício, propagando o desafio
Se salva quem poder é a lei pela sobrevivência
Levando em marcha, cânticos de violência
No ritmo da orquestra, que a assembléia seqüestra
Viver parece inútil
A fome faz um nó na garganta, e tudo é mais fútil
Na esperança da resolução dos problemas do povo
Respiramos o mundo que nos mente em colectivo
Multiplicando o hiv na venda do preservativo
Enquanto mais um poço de petróleo é descoberto
Os musseques vão se alastrando
Decoradas com estradas sem asfalto
Sem água, sem luz sem teto
A guerra aqui é um facto
A república perdeu angola, peritos dizem ser de jeito
Na bandeira só tem vermelho e preto
O álcool constitui o dream team
A policia perdeu o controle e veste a farda do crime

Coro
Olha para mim, meu, seu, teu e veras que angola é uma mentira
A política é uma falsa, democracia não existe
Reconciliação é uma fachada
Pois a paz não existe

As palavras de consolo são decoradas com falsidade
Prometem mundo melhor 100 pão, 100 liberdade
A opressão continua
Com as mentes acorrentadas
Almas sequestradas
Sem beijo, não há verdadeiros amores,
Pénis no interior, no bolso o dinheiro
Acredita bró, o verso é verdadeiro
A diferença que nos separa é do parto ao cemitério
Sequestrando a justiça social
Distribuição equitativa da riqueza nacional
No escuro observo ruas esburacadas
Adolescentes drogados, matando-se a facadas
Esta mais do que comprovado a felicidade esta morta
Queres saber o porque, olha a sua volta
E veras no rosto do povo o sofrimento
Enquanto na janela o presidente faz festa,
O futuro da nação vivendo abaixo do poço
Endividado até ao pescoço
A juventude afoga as magoas no sexo e nas cervejas
Aproveitando-se da desgraça
Fecham-se hospitais e abrem-se mais igrejas
Mais boats, mais discotecas

Coro
Olha para mim, meu, seu, teu e veras que angola é uma mentira
A política é uma falsa, democracia não existe
Reconciliação é uma fachada
Pois a paz não existe

Compositor: Kombaniklotiko

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