Celular, óctoc na mão, do zé povim é uma arma poderosa nisso eu acredito sim embocamo num assalto de pistola e matraca e eu grudei logo o gerente com a quadrada engatilhada o meu parceiro com a matraca dominava o salão zé povim era mato tudo deitado no chão nóis achava que é o seguinte que o baguui tava aguentado mó engano sangue bom, tava memo era secado tinha Rota tava o Goe a PM mais o Gap tava tipo aquela fita que cê viu na reportagem e eu grudado cum refém, comecei raciocinar os motivos que fizeram eu no crime ingressar residente do Capão, ser humano pique jão que não teve uma cultura uma boa educação morador de uma favela que aprendeu morrer por ela nêgo, né comédia não, sofredor que num dá guela voltando para a real, eu me vi logo enquadrado me lembrei ni um minuto que eu tava ni um assalto escutava a gritaria 'vamô pega e lixar vagabundo não tem vaga nesse mundo que Deus dá' veja bem comé as coisas ninguém tinha coração só eu, e Deus sabia da minha situação eu peguei minha quadrada fui pra guerra cum o sistema só que pá é o seguinte sempre existe um dilema a vida traiçoeira me pregou uma lição eu só tinha 2 minuto pa vivê 3 opção se eu saísse pelo fundo eu morria assassinado se eu vazasse pela frente pelos bico era lixado 'e a 3ª opção', era eu engatilhar a quadrada na cabeça e eu mesmo me matar só que Deus tava presente acredite eu não me engano em fração de 2 segundos eu bolei aquele plano 'Aí xará, é o seguinte eu só vou me entregar quando aquele sem futuro do Datena vim filmar tô ligado que prucêis, eu não valo 1 real só que cê seis invadi, o refém vai passa mal ele tá todo borrado tá mijado tá com medo tá pagando até com juros o racismo e o preconceito' derrepente, pa pa caraio que tiroteio fiquei com a cabeça à mil me bateu um desespero
(Colagem: *Mas se eu sair daqui eu vou mudar* (2X))
Parece que é hoje, quando eu da cena lembro minha roupa cheia de sangue eu algemado mó veneno lixado pelos bico, com ajuda dos gambé desacerto no crime eu tô ligado qual que é um dia é da caça o outro do caçador ditado que meu pai já herdára do meu vô quando eu era pivete, me lembro ele dizia que um homem sem moral sempre entra numa fria mas só que eu cresci desandei virei ladrão eu só tinha 18 quando eu fui pra detenção
'Aí choque, a rua tá daquele jeito ó. Uma pá de mano armado não enxerga um palmo à frente do Nariz. Pensa que é super-ladrão, super-herói. Só que aí jão, São Paulo não é Hollywood, os cara tá iludido. O diabo dá o pé pa sugar até a alma. Sorte que eu tenho uns parceiro lado-a-lado comigo aí pra debater minha loucura morô.'
Cês devem tá achando, que isso é ibope ibope é trabalhar, eu em cana eu era loque os manos na ventana gritava 'vai morrer triagem na cadeia se não tiver proceder' foi lá que eu conheci, a tal da rua 10 também foi lá que eu li, a história de Moises o tempo foi passando, eu fui me adaptando e quando eu fui notar já passará 7 anos bem que meu pai dizia 'filho o tempo é rei tentei te dar o melhor me desculpe se eu falhei' aquilo na minha mente, batia tipo Tyson viver na detenção, tem que ser homem de aço o homem só é grande, quando ele se ajoelha diante do senhor pra tomar puxão de orelha naquela madrugada eu não consegui dormir fazendo um castelo liberdade vem ni mim o tempo foi passando, meu corpo foi cansando o dia clareando na sequência eu fui deitando
(Colagens: *Mas se eu sair daqui eu vou mudar* *Dá meu revolver enquanto cristo não vem* *Mas se eu sair daqui eu vou mudar* *15 caras lá fora, diversos calibres* *Mas se eu sair daqui eu vou mudar* *Quero sair do inferno, e não voltar mais* *Mas se eu sair daqui eu vou mudar* *Vida Longa aos bandidos beneficentes, e os maluco consciêntes* *Mas se eu sair daqui eu vou mudar* *Este é o testemunho de um homem*)