Na terra seca Quando a safra não é boa Sabiá não entoa Não dá milho e feijão Na Paraíba, Ceará, nas Alagoas Retirantes que passam Vão cantando seu rojão
Meu São Pedro me ajude Mande chuva, chuva boa Chuvisqueiro, chuvisquinho Nem que seja uma garoa
Uma vez choveu na terra seca Sabiá então cantou Houve lá tanta fartura Que o retirante voltou
Oi! Graças a Deus Choveu, garoou
Quando eu vim do sertão, seu moço, do meu Bodocó A malota era um saco e o cadeado era um nó Só trazia a coragem e a cara viajando num pau de arara Eu penei, mas aqui cheguei Eu penei, mas aqui cheguei Trouxe um triângulo (no matolão) Trouxe um gonguê (no matolão) Trouxe um zabumba (dentro do matolão) Xote, maracatu e baião Tudo isso eu 'truxe no meu matolão
É preciso ter muque né Pra catar algodão
Bate a enxada no chão, limpa o pé do algodão Pois pra vencer a batalha É preciso ser forte, robusto, valente, ou nascer no sertão Tem que suar muito pra ganhar o pão Que a coisa lá né brinquedo não
Mas quando chega o tempo rico da colheita Trabalhador vendo a fortuna, que beleza Chama a família e sai, pelo roçado vai Cantando alegre ai, ai, ai, ai, ai
Sertanejo do norte Vamos plantar algodão Ouro branco que faz nosso povo feliz Que tanto enriquece o paíz Um produto do nosso sertão
Quando chega o tempo rico da colheita Trabalhador vendo a fortuna, que beleza Chama a família e sai, pelo roçado vai Cantando alegre ai, ai, ai, ai, ai
Sertanejo do norte Vamos plantar algodão Ouro branco que faz nosso povo feliz Que tanto enriquece o paíz Produto do nosso sertão
Compositores: Jose de Souza Dantas Filho (Ze Dantas), Luiz Gonzaga do Nascimento (Gonzagao) ECAD: Obra #25370 Fonograma #5239