Trio Parada Dura

O Valentão

Trio Parada Dura

Gigante Iluminado


Alô, moçada, está chegando o mineiro
Que não tem paradeiro e gosta de confusão
Briga no tapa, telequete e pontapé
Qualquer jeito que quiser pode vir que eu sou dos bons
Eu não sou gordo sou até um magricelo
Mas quando arranjo duelo fico todo ouriçado
Hoje eu passo o cano da minha bota
E muitos viram cambalhota
Ficam no chão cochilando

Oh moçada quando eu chego na festa
E encontro algum valente
Eu quebro o meu chapéu na testa
E fico bravo demais

Ontem a noite eu cheguei numa vendinha
Pinga pimenta e farinha eu fiz a turma beber
Pra tirar gosto dei besouro e mosquito
Enfiados num palito todos teve que comer
Eu dei rasteira derrubei eles no chão
Dei até uns bofetões pra aprender me respeitar
Sou bom de briga sou o mineiro machão
Vai morar embaixo do chão quem vier me enfrentar

Eu sou valente sou bravo e perigoso
Muitas vezes sou criminoso o meu prazer é matar
O meu brasil de cada canto eu conheço
Já virei me aos avessos fiz onça me carinhar
Eu sou peitudo sou forte e violento
Muito mais que o pensamento
Falo e posso provar
Sou valentão e comigo é assim
Se alguém duvidar de mim
Venha experimentar

Aqui nao cabritinho aqui oce berra fininho

Quero encontrar por esses dias com a morte
Diz que ela é muito forte comigo vai embaraçar
Quero ver nela um empurrao e uma rasteira
Jogar nela uma poeira e seu pescoço decepar
Eu sou mineiro me chamo barra pesada
O meu braço é uma corrente minha mao é cadeado
Deu tudo errado agora estou na prisao
Acabou o valentao estou preso e algemado

Compositores: Delfim Costa (Delmir), Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro (Mangabinha), Matildes de Oliveira Costa (Matilde)
ECAD: Obra #61772 Fonograma #12521

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