Foi sem mais nem menos Que um dia selei a 125 azul Foi sem mais nem menos Que me deu para abalar sem destino nenhum
Foi sem graça nem pensando na desgraça Que eu entrei pelo calor Sem pendura que a vida já me foi dura P´ra insistir na companhia
O tempo não me diz nada Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa Não partiu para parte incerta Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar Sem paredes, sem ter portas nem janelas Nem muros para derrubar
Talvez um dia me encontre Assim talvez me encontre