São seis horas, pulo fora Escovo os dentes Tomo quente um café com bolacha Abro a porta e o sol entra em meus olhos Como uma faca afiada Eu tô na rua, nas esquinas Na perdida que é essa vida Em mais um dia de cão Se é zona norte, zona sul Leste ou oste é a mesma barra A mesma pressão E o cara ali, com um papelote Há mas de uma semana afim de mim Lúcifer Minha salvação Meu amigo até que eu chegue ao fim A me dizer que a vida é doce O gosto é doce O pó é doce E é necessária outra visão Que dividir, que duvidar É coisa de quem bem quer se dar O último que rir Não vai ter de chorar Quem é que é feliz No paraíso da cidade? O último a sair A luz vai apagar... Quem é que é feliz No paraíso da cidade? Pode vir, pode vir, pode vir Todo mundo, todo mundo vai ter sua vez Aquela dali, aquele dali perto do telefone Tá esperando aparecer um freguês Alguém trombou, alguém correu Alguém trombou, alguém pediu socorro Alguém se feriu... E eu disse: Senhoras e senhores! Onde vão os dedos Vão para sempre os anéis... Mas deixa estar, mas deixa estar... Meu amor, meu romance! Um dia, quem sabe, a abelha muda de flor E por milagre a gente tem uma chance! Que basta um, apenas um Um pra dizer que conseguiu se safar... Que um dia eu vou também! Que um dia eu vou também! Que um dia eu vou, vou Vou, vou, vou, vou pegar esse trem! Moleque surfando em cima dos trilhos Deixando o vento Meus cabelos levar... Feito um peixe, feito ave, Feito um louco, feito Senna Antes da última curva encontrar Pois é, assim que a gente é Que a gente faz, que a gente quer Que a gente vai ter aquilo que quis Meu Deus! Tenha pena! Tenha pena de mim!!
Compositores: Philip Martin Taylor, Blair Nicholas Somerled Mackichan (Mackichan Blair N S) ECAD: Obra #261912 Fonograma #48970