Sou de uma terra, aqui não levo desaforo Vacilão só leva couro se não souber respeitar Todos já sabem bem que eu sou osso duro Seja claro ou escuro, boto mesmo é pra quebrar
Sou nordestino, sou vaqueiro do sertão Quando visto meu gibão dá vontade de aboiar E boto a cela no lombo do meu cavalo E saio correndo atrás do gado sem vontade de parar
De madrugada quando o galo está cantando Ouço o carneiro berrando, não consigo cochilar E eu desperto com o cantar dos passarinhos Que vão deixando o seu ninho para o campo semear
De manhazinha, corro logo pra cozinha Chamo Maria Chiquinha para vir me aprontar Eu visto a roupa, pego a minha viola Canto esse xote da roça pra moçada se animar
"É a Banda Unidos do Forró na pisadinha do cacau"
Atualmente nada disso existe mais Todo mundo é capaz de querer menosprezar Eu reconheço que a lei da sobrevivência Pois o homem competente, burro não sabe o que faz
Agora eu sei que está tudo diferete Quem quiser que se aguente, todos tem que se virar O melhor mesmo é me livrar da Polícia E da porrada dos patifes pra saber me respeitar
"O forró tem mais mulher de que gente! "
Compositores: Antonio Pedro Campos (Antonio dos Palmares), Manoel Alencar Fernandes (Diogenes) ECAD: Obra #16765