De repente uma janela no passado Em minha mente vêm lembranças sem querer. Do mesmo instante dos meus olhos descem lágrimas E a saudade no meu peito vem bater. Me recordo dos meus tempos de criança Quando em tudo que eu ouvia acreditava. De repente já nascia uma esperança E a nave dos meus sonhos decolava.
(coro) Viajando então nessa imaginação, Os passageiros com rigor selecionava, pois pra viajar nessa imaginação, O passaporte do amor eu lhes cobrava. Não deixava entrar o ódio e nem a guerra, A esperança tinha o melhor lugar, A alegria sempre no primeiro banco E a tristeza nem sonhando entrava lá.
Eu sonha com um mundo sem malícia, Onde não havia discriminação. Homens maus, traiçoeiros, calculistas Não faziam parte da imaginação. Prepotentes, arrogantes e egoistas Que não medem conseqüências pela fama. Tudo isso era minha esperança, mas que pena Foi um sonho de criança.
(repete coro)
Hoje vejo como é tudo diferente. Tudo que temia vejo acontecer. Dos meus sonhos só restaram as lembranças. Oh meu Deus, como é que eu posso entender. Pois cresci e já não sou uma criança E a verdade é que esse mundo é diferente