Esse samba de roda é da Bahia Segura que eu quero ver quem vai Quem botar nesse samba picardia Entra duro e tá mole quando sai
Tem malícia mas tem sabedoria O samba que eu gosto de cantar É que quem me ensinou sabia Sabia mexer e balançar Oi balança sinhá Maria Que o samba foi feito pra sambar E esse samba vem da Bahia Prá dizer que o samba vem de lá
A cadência do samba é que nos guia Que o samba ninguém pode parar É que o samba virou mania Que ninguém consegue dominar Quem não sabe sambar, queria Mas tem que saber se liberar Samba é que nem amor, vicia Na terra onde canta o sabiá
Porque o samba também tem fidalguia Pertence a nobreza popular Até o imperador fazia Fazia a marqueza balançar Até o amanhecer do dia Mexendo as cadeiras devagar o chalaça é que não perdia nem deixava o samba se acabar
Ai meu Deus que saudade da Bahia Do samba de roda à beira mar Mas como Dorival dizia A Bahia tá viva ainda lá E que nada mudou nem ia Nem ia nada mudar Pois enquanto existir folia É o samba que vai continuar
Na cintura da moça tem magia Ninguém faz no samba o que ela faz E o batuque do negro é que arrepia É por isso que o samba não sai de cartaz.
Contribuição de José Gilberto Sto Antonio de Jesus . Bahia
Compositores: Paulo Cesar Francisco Pinheiro (Paulinho Pinheiro), Vicente Moreira Barreto (Vicente Barreto) ECAD: Obra #33763 Fonograma #1550216