Cerne de Aroeira
Para chegar nessa terra.
Vim arriscando a sorte.
Bebi água envenenada respirei, o ar da morte.
Navalha do destino.
Vim rastejando no corte.
Euim trazendo coragem, esperança e sangue forte.
A min pobre bagagem eu mesmo fiz o transporte.
Para erar na batalha.
Saí da mia trincheira.
Com pingos meu suor fui apagando a poeira.
Com fibra e ristência, igual cerne de aroeira.
Eu sempre seguavante, atravessando barreira.
E no mastro da viria hasteei minha bandeira.
Chorei muito no paado.
Para sorrir no presente.
Estou colhendo o fruto onde plantei a semente.
A minha mão calejada é minha grande patente.
E tudo que hoje tenho, agradeço a Deus somente.
Porque na luta da vida eu venci honestamente.
Gente que me vê na sobra.
Tem inveja do que sou.
Mas não sabe que o sol muitas vezes me queimou.
Nos caminhos que passei, muita gente não passou.
Nas lutas que eu venci, eu vi gente que tombou.
Precisa ter fé em Deus para chegar onde estou.
Compositores: Lourival dos Santos (Lourival Santos), Jesus Belmiro Mariano (Jesus Belmiro), Vicente Pereira Machado (Vicente P. Machado)
ECAD: Obra #575586 Fonograma #2502933Ouça estações relacionadas a Victor e Matheus no Vagalume.FM