Eu sou um objeto paralisado As vezes vem alguém e toca no meu corpo Me acha frio, me acha escroto
Não faço tanto e nem tão pouco Pareço um prisma sou quase oco Em cada ponta um brilho fosco Com uma visão de louco
Eu sou um objeto empoeirado As vezes vem alguém e passa um pano em mim Eu sou um reflexo enviezado
Alguns me acham abençoado Em cada sombra um condenado Eu não sou santo e nem diabo (nem diabo)
Mas sempre estarei do lado Do teu incenso do teu cigarro De um jeito ou de outro Você vai me ver
Já que eu não posso sair daqui Talvez eu possa cair Se alguém me acotovelar E a minha parte se deslocar
Aí eu vou mergulhar No teu chão me fundir Aí eu vou mergulhar Esse será o meu fim
Encaro como um deserto Soltando uma única voz Estava pensando Estava você sem rumo
Você me olha faz pouco caso de mim E só me via no seu olho E sempre estarei do lado Do teu incenso do teu cigarro
De um jeito ou de outro Você vai me ver
Já que eu não posso sair daqui Talvez eu possa cair Se alguém me acotovelar E a minha parte se deslocar
Aí eu vou mergulhar No teu chão me fundir Aí eu vou mergulhar Esse será o meu fim
Compositores: Jose Paes de Lira Filho (Lira), Davide Almeida Bori (Davide Bori), Diego Reis Santos (Dieguito Reis), Jailton Batista Cardoso (Jaja Cardoso), Luca Almeida Bori (Luca Bori) ECAD: Obra #13377191 Fonograma #11517072