Wilson Simonal

Kiki

Wilson Simonal

Wilson Simonal na Odeon (1961-1971)


Kiki menininha moderna
cheia da erva
não dava perceber

Era um encanto
era toda primavera
e corria sem espera
para o mundo conhecer

Kiki mulher sensacional
Kiki tradicional
era demais

Cruzava a perna na hora certa
sorria sem boquinha aberta
olhava sempre na hora certa
pra certo tipo de rapaz

Mas um dia numa reunião,
a Kikizinha sem querer se machucou

Falou mais alto o feminino coração
Ficou parada na do homem que olhou

E foi correndo e logo se apresentou
-Eu sou Kiki e seu nome como é?

E o cara deu-lhe aquela esnobação
Vá se mandando com esse nome não da pé
não dá pé


Kiki se retirou humilhada
ficou tão zangada
que chegou a chorar

Mas um bicão explicou
Bicão explicou
o segredo que havia

Se ela dissesse o sobrenome
ele logo lhe queria


Kiki demais, Kiki mulher virou vingança
Kiki criança virou sofisticação
Parou a dança
e na frente dos presentes
em tom alto e onipotente
fez sua apresentação

Eu sou Kiki mas esqueci de dizer alguma coisinha mais
Eu sou a neta do Marquês de Idolaiêr, reais sãos os meus ancestrais
Eu sou Kiki mas esqueci de dizer alguma coisinha mais
Eu sou Kiki da lavoura, da lavoura de Minas Gerais

Compositores: Raimundo Nonato Buzar (Nonato Buzar), Wilson Simonal de Castro (Wilson Simonal)
ECAD: Obra #1623934 Fonograma #841101

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