Soledade, terra de gaúcho forte Se é preciso enfrenta a morte, não liga pra tempo feio E quando pega num laço de doze braça Mostra que é de boa raça quando vai para rodeio
Todo momento estou lembrando com saudade O povo de Soledade quando por lá eu passei No meu pescoço ainda trago amarrado Aquele lenço colorado que de presente ganhei
Indiada boa quando entra num fandango É maragato e chimango, partido da maioria E numa parte o lenço branco é muito usado E na outra é o colorado e tudo vive em harmonia
Pois Soledade, posso dizer com certeza Os teus campos tem beleza onde a boiada se expande Eu sempre disse com a maior sinceridade Que os campos de Soledade é o terreiro do Rio Grande
Pra Soledade eu escrevi com a minha pena Por lá tem cada morena do rostinho encantador Pois Soledade deixou minha alma aflita De tanta moça bonita parece um jardim de flor
São camarada as moças de Soledade Trata com cordialidade um gaúcho forasteiro Por lá toquei, cantei moda e fiz barulho Pois Soledade é o orgulho do meu torrão brasileiro
Soledade é o centro da tradição Povo de bom coração, por lá tudo é alegria Em cada canto de lá tem um cemitério É só cair fora do sério dá uma morte por dia
Fiz este xote em homenagem a Soledade Pra matar minha saudade qualquer hora eu vou aí Adeus amigo, adeus gaúcho de coragem Já rendi minha homenagem, adeus, vou me despedir
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) ECAD: Obra #1843874 Fonograma #1061226