Brete ovelhaa Tição de negro vai gritando com o rebanho Negrito Bueno lidando de madrugada Contando talha na caponada bem gorda É um ajutório pras esquilas da comparsa E a peonada rebuscando um sangrador Tem seu valor pra um sol quente de verão No bate bate do bastito castelhano Há muita ovelha perdida nos parador No bate bate do bastito castelhano Há muita ovelha perdida nos parador
O tio Laudério já assentou o fio da tesoura Pedra das buena São José la do erval Não fosse a lã umedecida de sereno As descascadas branqueavam no pajonal A tia Norata me pediu uns velo preto Pra engordar o bucho de uns tecidos estampados No contraponto do minuano inverneiro Nada melhor do que sestear de acolchoado No contraponto do minuano inverneiro Nada melhor do que sestear de acolchoado
Grita pra o pingo que traga a pipa bem cheia O dia é quente vai faltar água na talha E não esquece de passar o guacho na tosa Pode asolear la no meio das taquara Um sol vermelho enfrentando arrebol Vai se escondendo cerrando a porta da lida E a peonada tirando o sebo do lombo Pra tomar uns mate com as moça de Cacimbinha Correu o dia num grito de brete ovelha Estância grande dos campos de Nuvens Claras
Compositores: Joao Luiz Nolte Martins (Joca Martins), Marco Antonio Gotuzzo Antunes (Xiru Antunes) ECAD: Obra #221827