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Deixe de lado as classificações usuais, coisas como estilo e gênero – uma banda precisa de muito mais para ter uma conexão com as pessoas. Yellowcard entende isso. O quinteto punk vindo de Ventura (por Jacksonville, Florida), tem feito essa conexão musical em todos, das centenas de shows que já fizeram em noites punks, shows de rocks, eventos escolares, salas de estar, quintais e qualquer outro lugar onde tocam em 200 noites por ano. É um discernimento maduro para cinco caras jovens que não se levam muito a sério, mas o Yellowcard – Ryan Key, 23 (vocal, guitarra); Sean Mackin, 24 (violino, vocal); Benjamin Harper, 22 (guitarra); Longineu Parsons III, 23 (bateria); e Pete Mosely, 24 (baixo, vocal) – não é sua típica banda punk – começando com o violino clássico em sua música. E agora criaram uma coleção de rock explosivo e pessoal em seu novo álbum, Ocean Avenue.
Yellowcard foi formado em 1997 mas rapidamente fez algumas mudanças em sua formação. O vocalista atual Ryan Key era amigo da banda, dos tempos de colégio em Jacksonville, Florida. Ele e Sean Mackin, em particular, eram amigos próximos e foram estudar juntos na Florida State University depois que se formaram.
Key abandonou a faculdade depois de seis meses, se mudando para Santa Cruz para seguir seu coração e fazer música. Ele tocou com algumas bandas punk na California e Florida, mas nada “pegou”. O guitarrista Benjamin Harper viu uma das bandas de Key ensaiar e o convidou para fazer uma jam com sua banda – por sorte, eles estavam procurando por um novo vocalista.
“Nós começamos a tocar algumas canções que eu tinha escrito,” lembra Key, “e deu certo. Sean e eu sempre fomos muito próximos e eu tinha uma boa relação com o resto do grupo. Tudo pareceu funcionar naturalmente.”
Yellowcard agora era uma banda completa e Key os convenceu de que precisavam se mudar da Florida para a California, para ter uma chance real de seguir suas aspirações. Eles se mudaram para Ventura County e logo acharam sua voz coletiva, tocando muitas das canções que Key compôs sozinho, antes de entrar no grupo. A maioria dessas canções foi gravada pra o seu primeiro álbum, One For The Kids (Lobster Records), lançado em 2001, e o que seguiu em 2002, The Underdog EP (Fueled By Ramen Records). Os dois lançamentos receberam críticas favoráveis, principalmente sobre a música honesta e otimista do grupo.
Ocean Avenue, o primeiro álbum do Yellowcard pela Capitol Records, foi produzido por Neal Avron e mixado por Tom-Lord-Alge. No álbum, temas de auto-capacitação e auto-consciência são reveleados através das 13 faixas como “Believe” e “Inside Out”. E há uma falta de ironia e sarcasmo – a sinceridade predomina. “Nós somos definitvamente uma banda positiva,” diz Key. “Nós queremos pegar as experiências das nossas vidas e usa-las de uma maneira produtiva, encorajando as pessoas a não deixarem ninguém lhes dizer o que fazer com suas vidas.”
Ocean Avenue oferece uma veemente linha de punk otimista – mas com um diferencial, complementando a base da banda com a exótica (para o rock) inclusão de um violino como um instrumento ritmico, tocado por Sean Mackin. Isso dá destaque para suas canções, diz Key. “Eu escrevo os versos e os refrões e a banda começa daí. Eles inventam novos ritmos ou estruturas de acordes para fazer as canções ficarem mais interessantes, melhores. É uma coisa de ‘partes-iguais’ que é forte em nós.”
A primeira faixa de Ocean’s Avenue, “Way Away”, mostra Keys falando da idéia de que no final das contas as pessoas controlam seus próprios destinos. “Nós estamos falando sobre arcar com as responsabilidades do que você faz na vida,” ele explica. Ele cita sua própria jornada desde que largou a faculdade para seguir seu sonho de ser um compositor, e a decisão de banda de deixar sua cidade natal de Jacksonville pela California. “É tipo, eu não vou ficar aqui só porque você diz que é isso que tenho que fazer. Muitas dessas pessoas que dizem isso, estão trabalhando das 9 as 5 e não são felizes. Você tem que fazer o que quiser.”
Em outras faixas, Yellowcard cantam diretamente de suas vidas. Em “Only One”, Key fala especificamente do recente termino do seu namoro. “Eu não aguento álbuns em que todas as músicas são sobre uma garota que partiu seu coração,” Key ri. Mas essa canção é diferente, ele diz. “Eu tomei a decisão de terminar a relação porque era a coisa certa a fazer, apesar de não ter certeza porque, e essa canção é sobre saber que fiz a coisa certa mas ainda tentar entender.”
Em “Miles Apart”, Yellowcard reflete sobre as divergências na vida de amigos depois de períodos como os últimos anos de escola. “Twentythree” é sobre o idealismo da juventude dando lugar a maturidade. E o ritmo frenético da faixa se destaca em Ocean Avenue, assim como os vocais, cantados por Mackin e não Key. “É incrível como Sean consegue cantar e mesmo assim a música soar como Yellowcard,” diz Key.
O fim do álbum parece a chegada ao fim de uma jornada emocional. A última faixa é “Back Home”, um contraponto a primeira “Way Away.” Se a canção de abertura é sobre seguir sonhos, “Back Home,” é uma reflexão sentimental sobre o que é deixado pra trás. “As vezes quando você vai embora para fazer o que quer, você sente falta do que deixou – sua casa, segurança, amigos, família,” explica Key. “Nós quisemos terminar o álbum com esse tipo de reflexão.”
Realmente, é esse tipo de sensibilidade que parece ser mais madura que suas idades, que ajudou Yellowcard se destacar do resto. Em 2002, eles se juntaram a parte da costa oeste da famosa turnê Warped Tour, e rapidamente usaram sua nova fama para conseguir abrir os shows de bandas punks como No Use For a Name, Lagwagon e Less Than Jake. Nesse verão, eles estarão de novo na Warped Tour, dessa vez na costa leste.
“É demais saber que nos sacrificamos e seguimos nossos corações para chegar onde estamos agora,” diz Key. “Nós definitivamente nos sentimos sortudos, mas trabalhamos muito duro para que essa sorte acontecesse.”
Fonte: Yellowcardrock.com
Tradução: Equipe Vagalume