Na minha vida sempre fui muito sozinho Sem família e sem carinho Meu caminho eu mesmo fiz Eu tinha tudo e ao mesmo tempo tinha nada Pois faltava alguma coisa Pra que eu fosse feliz
Me sentindo muito triste e abandonado Mas com Deus sempre ao meu lado Pelas ruas eu andei E foi assim que numa parte da cidade Quase já no fim da tarde Um asilo eu avistei
Não sei por que eu toquei a campainha Logo veio uma velhinha Que me disse, pode entrar Falou ainda com a voz muito cansada Esta é a última morada Para os velhos sem um lar
E de repente minhas lágrimas rolaram Quando os velhos me acenaram Eu não pude me conter Naquela hora minha fé foi abalada Nesta terra abençoada Não se pode envelhecer
E a velhinha sempre estando do meu lado Me deixou tão consolado Quase não acreditei Aquela pobre criatura esquecida Tão humilde e tão sofrida Era a mãe que eu sonhei
Por um momento eu pensei, mas lhe pedi Pelo muito que sofri Ser a mãe que eu não tive Ela aceitou e de filho me chamou E aos poucos me mostrou Que é de amor que a gente vive
E lá em casa só morou felicidade Mas a morte sem piedade A velhinha me levou E foi aí que eu busquei o meu passado Que já estava enterrado E descobri quem eu sou
Então eu vi que para Deus tudo é possível Pode parecer incrível O destino é certeiro E a velhinha que pensei ser adotiva Era a minha própria mãe E eu seu filho verdadeiro
Compositores: Sebastiao Ferreira da Silva (Sebastiao Ferreira), Arthur Frederico Moreira (Arthur Moreira) ECAD: Obra #27839 Fonograma #1729877