Tava sentado no coxo, pondo corda na viola quando baixou uma bola enorme resplandecente eu fique tão assustado que a viola até caiu quando de dentro surgiu um sujeito repelente fez uma baita careta que julguei fosse um sorriso e disse não é preciso que se assuste, boa gente tem um grande desafio no espaço sideral e o rei mandou lhe buscar por ser um bom concorrente
Joguei meu chapéu pra nuca e já fiquei meio atrevido olhei pro desconhecido, já o achei atraente pois falou em desafio, meu coração sapateia e a coisa que é mais feia pra mim já fica descente peguei as cordas e o pinho, pulei pra dentro do disco e falei para o nanico: toque essa coisa pra frente vou mostrar como se quebra violeiro marciano enquanto isso vai voando, eu adianto o expediente
Acabei de pôr as cordas e trem já foi pousando eu já disse afinando e saudei aquela gente na base do recortado, cumprimentei o chefão cantando pra multidão consquistei o ambiente começou o tal torneio, só vi viola tinindo foi cantando e foi saindo quem não aguentava o batente ficou pra me combater só o campeão de Marte tive que usar muita arte pra não perder pro cliente
Cantei dois dias seguidos com o caboclo me acuando mas acabei me safando e saindo pra tangente numa moda de abateira, acabei com o indivíduo cantei mais alguns corridos, emboladas e repentes dei uns versos de lambuja e passei a mão na taça eles não acharam graça, mas eu saí sorridente saí no rumo da terra como sempre vencedor não que eu seja um falador, mas sou forte realmente
A nave voltou pro espaço levando um recado meu é que eu lembrei de uma moda que o Carreirinho escreveu: Diga pro campeão, quem falou fui eu gato de três cor ainda não nasceu que dirá campeão para quebrar eu
Compositor: Jose das Dores Fernandes (Ze Mulato) ECAD: Obra #49589 Fonograma #26049