Ei velha São Paulo, muito obrigado e adeus Você tem tudo que deseja um cidadão Mas um caboclo caipira como eu Vive melhor nos confins do meu sertão
Eu não aguento viver na poluição Eu vou pegar a minha traia e vou voltar Tranquilidade na cidade ninguém tem No meu sertão a gente pode respirar
Essa mudança tem que ser urgentemente Eu quero ver o roseiral cheio de flor Voltar a ter minha vidinha de caipira De preferência com Ritinha, meu amor
Ei velha São Paulo, muito obrigado e adeus Você tem tudo que deseja um cidadão Mas um caboclo caipira como eu Vive melhor nos confins do meu sertão
Quero acordar com o galo de manhã No limoeiro sabiá saudando o sol Olhar de longe pastando na invernada A bezerrada mais parece um lençol
Molhar o rosto na água fria da biquinha Tomar café no aterro do fogão Manter contato com o solo abençoado Pisar descalço na terra fofa do chão
Ei velha São Paulo, muito obrigado e adeus Você tem tudo que deseja um cidadão Mas um caboclo caipira como eu Vive melhor nos confins do meu sertão
Sair pro campo no meu cavalo ligeiro Meu perdigueiro vai comigo olhar o gado Vai de passagem levantando as codorninhas Se assim for vou me sentir realizado
Ainda é sonho tudo isso que prevejo Só vou pegar minha viola e vou embora Já tenho tudo pra cumprir o meu desejo O meu ranchinho e a cabocla que me adora
Ei velha São Paulo, muito obrigado e adeus Você tem tudo que deseja um cidadão Mas um caboclo caipira como eu Vive melhor nos confins do meu sertão
Compositores: Jose das Dores Fernandes (Ze Mulato), Joao Pinheiro ECAD: Obra #1940395 Fonograma #1186325