Quanta saudade de um berrante repicando Amadrinhando uma boiada no estradão Ver a poeira formar nuvens no espaço Sentir cansaço do troteio de um pagão Sentir o gosto da comida boiadeira A costumeira carne seca no feijão Levar a vida sem paredes sem telhado Tocando o gado nas estradas do sertão
Ê boi ê boi Toque o berrante boiadeiro Ê boi
Na despedida uma cabocla na janela Coisa tão bela igual à flor no amanhecer Lá bem distante conversar com a saudade Sentir vontade de voltar para lhe ver Tingir a roupa com poeira da estrada Lá na pousada ouvir o gado remoer Armar a rede nos esteios do galpão Na escuridão se balançando, adormecer
Fui boiadeiro por gostar da profissão O estradão foi o meu mundo colorido Cada viagem um história pra contar A cavalgar pelos rincões desconhecidos Sem comitiva sem berrante sem boiada Por outra estrada solitário agora eu sigo Não sei aonde colocar tanta saudade Felicidade já não vive mais comigo
Compositores: Jose Nir dos Santos (J.dos Santos), Manoel Nunes Pereira (Peao Carreiro) ECAD: Obra #13594 Fonograma #6145