Um japonês muito rico Um famoso fazendeiro Começou a namorar A filha de um brasileiro
Somente pra passar tempo Um namoro passageiro O amor da pobre moça Era puro e verdadeiro Japonês não quis casar Deixou a moça chorar Preferiu viver solteiro
Lá no campo da fazenda Um sapo a moça enterrou No prazo de pouco tempo O japonês se quebrou
Sua lavoura de batata Veio a mucheira e matou A lavoura de tomate A ferrugem devorou Pra salvar as plantações Ele gastou seus milhões Mas disso adiantou
Vendo tudo de água abaixo Acabando o seu dinheiro O japonês resolveu Procurar um macumbeiro
Foi pro estado da Bahia Cidade de Juazeiro Afim de limpar seu corpo E tirar seu desespero Num saravá ele entrou A sua história contou Pro velho pai do terreiro
(“conversa do japonês com o pai de santo”)
O japonês fez certinho O que o baiano mandou Chegou na sua fazenda O sapo desenterrou
Com a moça brasileira Mais que depressa casou Graças a este trabalho Sua riqueza voltou Vive feliz no seu lar Pro baiano batizar Seu filhinho ele levou
(“- Com lincença, non senhoro! Japoneso agora muito contente tá Deu certo o que eu falei pra tu? Bastante senhoro. Japoneso casô com moça fundo de copo, essa que tá aqui Japoneso até trazeu o japonesinho pra batizá Agora japonesinho tá todo verdinho, verdinho Japoneso agora qué sê compadre pai de santo, ê ê ê, garantido, no? ”)
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Aldair Teodoro da Silva (Teodoro), Joao Aparecido Goncalves (Joao Goncalves) ECAD: Obra #19334 Fonograma #1650900