Na cidade de Alfenas no grande estado mineiro Eu vi com meus próprios olhos este fato verdadeiro Um caboclo entrou num banco pra guardar o seu dinheiro Portava uma mala velha igual um pobre roceiro Mas ninguém desconfiava que naquela mala estava Muitos milhões de cruzeiro
Desceu a mala no chão demonstrando estar cansado Mas ninguém lhe deu confiança por estar tão mal trajado Chegou o guarda do banco e falou tão arrogado Por favor, vai dando o fora seu caminho está errado Aqui é casa bancária, nunca foi rodoviária Deve estar mal informado
O caboclo respondeu, não sou homem da cidade Mas estudei no Mobral, não me falta claridade Não uso terno e gravata, mas tenho capacidade Não é só roupa bonita que dá personalidade Sou um homem da mão grossa que batalho lá na roça Mas tenho dignidade
Vou provar neste momento da tradição de gente bem Abra minha mala velha que milhões tem mais cem Apesar que não preciso me rebaixar pra ninguém Eu tenho muitas fazendas, não devo nenhum vintém Por este Brasil inteiro uma mala de dinheiro Em cada banco a gente tem
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Aldair Teodoro da Silva (Teodoro), Manoel Nunes Pereira (Peao Carreiro) ECAD: Obra #126127 Fonograma #48438806