É grande meu desespero Choro lágrimas sentida Fui traído por alguém A quem dediquei a vida
Uma lagoa de pranto É a minha residência Desprezo é golpe doído Leva a gente a decadência Oh! Virgem da Conceição, ai, ai Me ajude a ter paciência
Moro na rua tormento Em frente à desilusão Travessa da falsidade Esquina da humilhação
No quarteirão da tristeza Amargura não tem fim Lavo o rosto com o pranto O destino quis assim Por que será que a sorte, ai, ai Não quis sorrir para mim?
O punhal da falsidade Sem pena feriu meu peito Durmo com a solidão Companheira do meu leito
No jardim do bem querer Fui distrair passeando A saudade me apertou Pra casa vortei chorando E trouxe por companhia, ai, ai Amargura e desengano
Na face desse planeta Ninguém sofre mais que eu O mundo está me arrasando Só desengano me deu
Na espera cansativa Minha esperança morreu Está nos braços de alguém O amor que já foi meu Quem mais amo nesta vida, ai, ai Não foi pra mim que nasceu
O meu silêncio é profundo A esperança está morta O destino é uma espada Que sem piedade corta
A ilusão disse adeus Para mim fechou a porta Da janela olho pras nuvens Meu peito gemido solta A brisa disse baixinho, ai, ai Seu amor nunca mais volta
Compositores: Antonio Henrique de Lima (Pardinho), Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro) ECAD: Obra #18513 Fonograma #12679752