No norte paranaense, santo Antonio da Platina E a princesa do estado, onde o progresso domina Lá eu soube de um fato quando entrei numa cantina Por um homem mal trajado, eram marcas na ruína Sua história comovente Que me ficar ciente das lições que a vida ensina.
Com orgulho eu sou paulista lá da região de Campinas Quando eu vim pro Paraná achei o mapa da mina Minha família era uma orquestra que toca e não desafina Dou ritmo do trabalho que o senhor não imagina Fui maestro desta orquestra O serviço a gente presta onde a semente germina.
Bem ali morava um vizinho por não ser gente grã-fina Fizemos larga amizade, lavrador sempre combina Me pediu que avalizasse verbas que o plantio destina Eu levei minha escritura fiz o que alei determina Com prazer fui endoçante Do amigo sitiante, mostrava ser gente fina.
Quando chegou o dinheiro já mudou sua rotina Comprou carro, fez mansão, jardinada com piscina Os títulos foram vencendo ele fez uma faxina Vendeu o que possuía e fugiu pra Argentina Eu fiquei com a devasta O dinheiro é de quem gasta, devedor é quem assina.
Eu perdi na lei da terra, entreguei pra lei divina Vou dizer num desabafo antes que historia termina Existem país lá fora que tem outras disciplinas Aos que agem da má fé, a própria lei elimina Mais justo meu sitiozinho Também o do meu vizinho pertencem a um banco em Londrina.
Compositor: Geraldo Aparecido Borges (Geraldinho) ECAD: Obra #126244 Fonograma #856459