Zilo e Zalo
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O Silêncio do Seresteiro

Zilo e Zalo

O Silêncio Do Seresteiro


Vocês amigos com certeza ainda recordam
De uma viola que gemia em minha mãos

As melodias pronunciadas pelas cordas
Quando eu cantava com próprio coração
E quantas vezes eu pernoitava no sereno
O som da viola despertava minha amada

Hoje sozinho sinto na alma o veneno
Das longas noites e das frias madrugadas

E as canções que eu cantava pelas ruas
Deixei de herança para um dos companheiros
Em minha ausência parece a velha lua
Vem ver o silêncio do antigo seresteiro

Meu triste peito torturado pela idade
Em serenata já não pode mais cantar
E para todos que de mim sentir saudade
Os companheiros cantarão em meu lugar

Aqui tão longe das noitadas de seres
Somente a viola guardo de recordação
Do meu passado só a saudade me resta
Por que a vida foi um sonho de ilusão

Esta viola nunca mais fez serenata
Sinto tristeza que cada vez que olho nela
Porque me lembro daquela tirana ingrata
Que foi embora e nunca mais eu soube dela!

Compositores: Anibio Pereira de Souza (Zilo), Benedito Onofre Seviero (Benedito Seviero)
ECAD: Obra #26158 Fonograma #653395

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