Ai a viola me conhece que eu não posso cantar só Ai se eu sozinho canto bem junto eu canto melhor
Ai vai chegando o mês de agosto bem pertinho de setembro Os passarinhos cantam alegres por as matas florescendo Ai eu não sei o que será que já vai me entristecendo Passando tanto trabalhos debaixo de chuva e sereno Eu não como e não bebo nada vivo triste padecendo Ai pra um coração de quem ama o alívio é só morrendo ai, ai, ai
Ai quem já teve amor na vida e por desventura perdeu Não deve se lastimar nem ficar triste como eu Pois eu também já tive amor mas não me correspondeu O desgosto no meu peito quis ser inquilino meu Mas eu tenho esta viola que foi enviada por Deus Ai que só me trás alegria e a tristeza rebateu ai, ai, ai
Ai a viola me acompanha desde quinze anos de idade Ela é minha companheira nas minhas contrariedades Faço moda alegre e triste conforme a oportunidade Esse dom de fazer moda não é querer e ter vontade Tem muita gente que quer mas não tem facilidade É um dom que Deus me deu pra desabafar saudade ai, ai, ai
Ai pra aprender cantar de viola primeiro estudo que eu tive Aprendi com um violeiro que fazia moda impossível Pois eu sou um violeiro novo mas também quero ser terrível Faço moda de gente boa e de algum incorrigível Toda moda que eu invento ocupo régua prumo e nível Ai pensando bem um violeiro com prazer no mundo vive ai, ai, ai
Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho) ECAD: Obra #39847 Fonograma #428884