Zilo e Zalo
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Violão Amigo

Zilo e Zalo

O Silêncio Do Seresteiro


Meus velhos amigos, companheiros aqui da serra
Fazem comigo a derradeira serenata
Eu vou embora pra bem longe desta terra
Senão um dia a saudade ainda me mata

Vocês percebem os meus olhos cheios d'água
A dor que eu sinto nesta triste despedida
Sou um cativo condenado pela mágoa
Que pouco a pouco dominou a minha vida

Violão amigo me acompanha até a morte
Pra cumprir a negra sorte
Que Deus deu para nós dois
Mande pra longe esta dor que me maltrata
Pra esquecer aquela ingrata
Que eu não sei pra onde foi

Cruel saudade de um sonho já desfeito
É companheira de quem vive abandonado
É uma esperança que morreu dentro do peito
E sepultada no jazigo do passado

Pelo desprezo dizem que homem não chora
Por mais que eu queira esquecer não sou capaz
Meus olhos choram por alguém que foi embora
Pra muito longe e talvez não volta mais

Violão amigo me acompanha até a morte
Pra cumprir a negra sorte
Que Deus deu para nós dois
Mande pra longe esta dor que me maltrata
Pra esquecer aquela ingrata
Que eu não sei pra onde foi

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Anibio Pereira de Souza (Zilo), Benedito Onofre Seviero (Benedito Seviero)
ECAD: Obra #2527227 Fonograma #653392

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