Zita Carreiro & Carreirinho

Policena

Zita Carreiro & Carreirinho


Na cidade de Bofete
Conheci a Policena
Tinha uns quarenta cachorro
E pobre que dava pena

Vivia pedindo esmola
De porta em porta pedia
Com dó alguém lhe perguntava
Como assim ela vivia
Ela desde modo respondia

("- Meu filho, meu pai era caçado
tinha oito cachorro de caça
Num dia bati tanto, tanto num deles
que quebrei sua perna
Meu pai então me disse
Eu sei que você odeia meus animais
mas no fim de sua vida sua coberta há de ser cachorro
E assim, meus filhos
hoje os cachorros são minhas cobertas")

Quando ela pedia esmola
Toda a pessoa lhe dava
Somente um fazendeiro
Quando dava reclamava

Em dois pães envenenado
Friamente foi agindo
Deu de esmola à pobre véia
E por trás ficou sorrindo
Essa nunca mais passa pedindo

Tinha dois filho estudante
Este cujo fazendeiro
Foram caçar no domingo
E na mata se perderam

Três dias de fome e sede
Perdidos praqueles morros
Quando avistaram o ranchinho
Da velhinha dos cachorros
Ali foram pra pedir socorro

A velha tinha no rancho
Dois pãezinhos e nada mais
Com muito gosto ela deu
Para aqueles dois rapaz

Mal acabaram de comerem
À velhinha agradeceram
Começaram sentir mal
E ali mesmo eles morreram
O feitiço virou contra o feiticeiro

Fazendeiro quando soube
Ele quase enlouqueceu
Quis dar o fim na pobre velha
Deu o fim em dois filhos seu

O mundo é misterioso
Tem seus castigos fatais
Quase sempre os filhos pagam
Pelo erro dos seus pais
Enfim é que Deus sabe o que faz

Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho)
ECAD: Obra #2554881 Fonograma #54340525

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