Na cidade de Bofete Conheci a Policena Tinha uns quarenta cachorro E pobre que dava pena
Vivia pedindo esmola De porta em porta pedia Com dó alguém lhe perguntava Como assim ela vivia Ela desde modo respondia
("- Meu filho, meu pai era caçado tinha oito cachorro de caça Num dia bati tanto, tanto num deles que quebrei sua perna Meu pai então me disse Eu sei que você odeia meus animais mas no fim de sua vida sua coberta há de ser cachorro E assim, meus filhos hoje os cachorros são minhas cobertas")
Quando ela pedia esmola Toda a pessoa lhe dava Somente um fazendeiro Quando dava reclamava
Em dois pães envenenado Friamente foi agindo Deu de esmola à pobre véia E por trás ficou sorrindo Essa nunca mais passa pedindo
Tinha dois filho estudante Este cujo fazendeiro Foram caçar no domingo E na mata se perderam
Três dias de fome e sede Perdidos praqueles morros Quando avistaram o ranchinho Da velhinha dos cachorros Ali foram pra pedir socorro
A velha tinha no rancho Dois pãezinhos e nada mais Com muito gosto ela deu Para aqueles dois rapaz
Mal acabaram de comerem À velhinha agradeceram Começaram sentir mal E ali mesmo eles morreram O feitiço virou contra o feiticeiro
Fazendeiro quando soube Ele quase enlouqueceu Quis dar o fim na pobre velha Deu o fim em dois filhos seu
O mundo é misterioso Tem seus castigos fatais Quase sempre os filhos pagam Pelo erro dos seus pais Enfim é que Deus sabe o que faz
Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho) ECAD: Obra #2554881 Fonograma #54340525