Quando olho no espelho, que desgosto Vejo meu rosto completamente mudado Neste momento eu relembro com saudade Da mocidade que ficou lá no passado
Também relembro o tempo da boemia Das noites frias, das minhas lindas canções Só resta agora aqui dentro deste peito Sonhos desfeitos e tristes recordações
A minha vida foi um passado risonho Parece um sonho que agora fui despertar Tempos felizes que de mim bem longe vai Não voltam mais, eu nem quero recordar
Estou cansada e tenho as pernas enfraquecidas É o fim da vida que já vem se aproximando Eu reconheço que já estou ficando velha Tristes caminhos para o fim vou caminhando
Peço aos amigos para o dia em que eu morrer Mande escrever em minha campa um letreiro Jaz a boêmio no sono da eternidade Deixou saudade para os velhos companheiros
Entre os amores que tive em minha vida Só um fingido que feriu meu coração Espero um dia em minha campa ele chegar Hás de chorar e implorar o meu perdão
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho), Lucio Rodrigues de Souza (Ze Carreiro) ECAD: Obra #925837 Fonograma #3152779