Alvorada lá no morro Que beleza! Ninguém chora, não há tristeza Ninguém sente dissabor O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo A natureza sorrindo, tingindo, tingindo
Alvorada lá no morro Que beleza! Ninguém chora, não há tristeza Ninguém sente dissabor O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo A natureza sorrindo, tingindo, tingindo
Ah, se já perdemos a noção da hora Se juntos já jogamos tudo fora Me conta agora como hei de partir Ah, se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios Rompi com o mundo, queimei meus navios Me diz pra onde ainda posso ir Se nós, nas travessuras das noites eternas Já confundimos tanto as nossas pernas Diz com que pernas eu devo seguir Se entornastes nossa sorte pelo chão Se na bagunça do teu coração Meu sangue errou de veia e se perdeu Como, se na desordem do armário embutido Teu paletó enlaça o meu vestido E o teu sapato ainda pisa no meu Como, se nos amamos feito dois pagãos Meus seios inda estão nas minhas mãos Me explica com que cara eu vou sair Não, acho que estás te fazendo de tonta Te dei meus olhos pra tomares conta Agora conta como hei de partir
Compositores: Antonio Carlos Jobim, Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque) ECAD: Obra #4586 Fonograma #530506