São tantas a Cruzes, que o mundo tem Porém raras vezes, se para pra pensar, Que nem todas simbolizam suplicio Nem todas nos plantam, Argueiros no olhar
O olhar que cruza. É um buenas tarde Saúda quem chega, acena quem vai E quando a mão é cruz sobre o peito Simboliza a fé. ?Em nome do Pai?.
Uma cruz que envelhece no vazio da Pampa, É de quem carregou a cruz mais pesada, E a cruz que ressalta n'algum mausoléu, Traduz uma vida, que não faltou nada.
As cruzes que voam, em tarde de sol, Se tem asas negras, são funerais, Mas quando aparecem, com branco nas asas, Retinas vislumbram os tempos de paz.
A cruz das estrelas, na quincha do pago, É que da o sentido, na cruz da estrada E as cruzes do pingo, que uso por trono É onde eu cruzo feliz nas canhadas.
Os braços abertos é a cruz do corpo É alma aberta, sentimento fraterno, E esse calor, que brota por dentro, Ameniza agruras, de qualquer inverno.
Na cruz de uma adaga, escora-se o golpe A cruz no estanho é fogo mortal, A cruz missioneira multiplica braços E revive a história, num canto imortal.
A cruz na boca pede silencio, A cruz a quem benze, tem dialeto, A cruz no papel é escola da vida, O aval na palavra, do analfabeto.
Esta na cruz, a paixão de Cristo Da Cruz se fez o nome de alguém Se a cruz representa, santíssima Trindade, Tem a fé que traduz, o caminho do bem
Compositores: Severino Rudes dos Santos Moreira (Severino Rudes Moreira), Zulmar Benites de Oliveira (Zulmar Benitez), Cristian Duarte Camargo (Cristian Camargo) ECAD: Obra #1490384 Fonograma #1376108