Almir Sater

Peão

Almir Sater

Um Violeiro Toca


Diga você me conhece eu já fui boiadeiro
Conheço essas trilhas, quilometro, milhas
Que vem e que vão
Pelo alto sertão

Que agora se chama não mais de sertão
Mais de terra vendida, civilização
Ventos que arrombam janelas
E arrancam porteiras

Espora de prata riscando as fronteiras
Selei meu cavalo, matula no fardo
Andando ligeiro um abraço apertado
E um suspiro dobrado não tem mais sertão

Os caminhos mudam com o tempo
Só o tempo muda um coração
Segue seu destino boiadeiro
Que a boiada foi no caminhão

A fogueira a noite
Redes no galpão
O paieiro, a moda
O Mate, a prosa, a saga,a sina,o causo e onça
Tem mais não
Oh.. peão

Tempos e vidas compridas pó, poeira, estrada
Estórias contida nas encruzilhadas
E noites perdidas no meio do mundo
Mundão cabeludo onde tudo é floresta e campina silvestre
Mundão caba não

Sabe "prum" bom viajante nada é distante
"Prum" bom companheiro não conta o dinheiro
Existe uma vida
Uma vida vivida
Sentida e sofrida
De vez por inteiro

E esse é o preço "preu" ser brasileiro
Os caminhos mudam com o tempo
Só o tempo muda um coração
Segue seu destino boiadeiro
Que a boiada foi no caminhão

A fogueira a noite
Redes no galpão
O paieiro, a moda
O Mate, a prosa,a saga,a sina,o causo e onça
Tem mais não
Oh...peão
Compositores: Almir Eduardo Melke Sater (Almir Sater) (ABRAMUS), Renato Teixeira de Oliveira (Renato Teixeira) (ABRAMUS)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2006 (10/Mar) e lançado em 1988 (15/Ago)ECAD verificado obra #53059 e fonograma #1034403 em 21/Abr/2024 com dados da UBEM

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