Alvarenga e Ranchinho

Caboclo Viajado

Alvarenga e Ranchinho


Sou caboclo viajado
Desde o dia que nasci
Já tive no Ceará
E também no Piauí
Mas caboclo iguár a eu
Falo franco, eu nunca vi

Agora vou lhes contar
Um fato que assucedeu
Você preste bem sentido
Que é pra sabê quem sou eu

De uma vez eu tive um fecha
Que me fez eu suá fria
Foi com um cabra butinero
Lá no sertão da Bahia
Pra eu fazer ele correr
Foi perciso quinze dia

Daí ele convenceu
Que comigo não podia
Daí ele convenceu
Que comigo não podia

Aresorvi vim pra casa
Já arrumei o meu baúr
Vim visitá meus parente
Antes de seguí pro sur
Adonde disse que o céu
É mais lindo e mais azur

Por mais que eu visse de ser
Não podia acreditar
Havê no mundo outro céu
Mais bonito que o de cá

Afundei pro Paraná
Cortei Santa Catarina
Quando cheguei no Rio Grande
Cansado e sem butina
Eu disse, tô satisfeito
Pois cumpri com a minha sina

Mas se Rio Grande é de ouro
Meu São Paulo é de platina
Mas se Rio Grande é de ouro
Meu São Paulo é de platina

De fato Rio Grande é bão
Pará e Rio de Janeiro
Afinar de ponta a ponta
O nosso Brasír inteiro
Tudo é bão, tudo é especiár
Só não presta os brasileiro

Sem ordem não há progresso
E nóis semo desordêro
Sem ordem não há progresso
E nóis semo desordêro

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Ariovaldo Pires (Capitao Furtado), Diezis dos Anjos Gaia (Ranchinho), Murilo Alvarenga (Alvarenga)
ECAD: Obra #1398509 Fonograma #14267240

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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