Alvarenga e Ranchinho
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Nóis Em Buenos Aires

Alvarenga e Ranchinho

Raízes Sertanejas


Meus senhores e senhoras
Nóis agora vai contar
Como foi nossa viage
E o que nóis vimo por lá
Nóis fumo pelo M.E. Cunha
Navio grande a danar
Viagemo quatro noite,
Quatro dia sem parar

"ô viagem grande!"

A viagem muito boa
Come e bebe não fartava
Gente enchia bem a pança
Mas de nada num diantava
Que o navio com as ondas
Do oceano balanceava
E a comida c'o balanço
Na barriga não parava

"É, passemo mar..."

Nóis cheguemo em Boinos Aires
E saímo a passear
Mais fiquemo atrapaiado
Com o modo de falar
O que mais me admirou
Vô contar, mecês não berra,
Bonde lá chama transvia
E anda embaixo da terra

"Que nem tatu, né?"

Namorei uma argentina
Que nem gosto de alembrar
Eu falei que vinha embora
Ela garrou a chorar
E chorando ela me disse:
O se de yo nunca fuya
Y se no te rompo a cara
Todavia yo soy suya

"E era mesmo boa moça"

Eu gostei muito de lá
das belezas da cidade
Mas porém meu coração
garrou encher de sodade
Quando o navio embocô
Aqui no Rio de Janeiro
É que nóis sintimo
Quanto é bão ser brasileiro

Compositores: Diezis dos Anjos Gaia (Ranchinho), Murilo Alvarenga (Alvarenga)
ECAD: Obra #1877043 Fonograma #1096883

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