Eu queria escrever-te umas quadras diferentes Daquelas repletas de amores e de pó Versejar constante, consequente e urgente Onde o protagonista acaba sempre só
Quadras dispersas, distintas, pontuadas A roçar um ponto algures na emoção À beira do abismo, arriscada escalada Ao ponto mais alto que tem o coração
Mas se eu cair tonta, das altas alturas Por sobre os penhascos das linhas da mão Peço que a feches, que em boa ventura Sentirás parar o meu coração
Mantém-na fechada que o riso do susto Pode arredondar os teus olhos e então As pupilas lassas revelam-te a custo Que sou mais uma linha na tua palma da mão
Mas se eu cair tonta, das altas alturas Por sobre os penhascos das linhas da mão Peço que a feches, que em boa ventura Sentirás parar o meu coração
Mas se eu cair tonta, das altas alturas Por sobre os penhascos das linhas da mão Peço que a feches, que em boa ventura Sentirás parar o meu coração