Arnaldo Antunes
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Budismo Moderno

Arnaldo Antunes

Ninguém


Tome, Dr., esta tesoura, e... corte
Minha singularíssima pessoa.
Que importa a mim que a bicharia roa
Todo meu coração, depois da morte?!

Ah! Um urubu pousou na minha sorte!
Também, das diatomáceas da lagoa
A criptógama cápsula se esbroa
Ao contato de bronca destra forte!

Dissolva-se, portanto, minha vida
Igualmente a uma célula caída
Na aberração de um óvulo infecundo;

Mas o agregado abstrato das saudades
Fique batendo nas perpétuas grades
Do último verso que eu fizer no mundo!
Compositor: Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho (Arnaldo Antunes) (UBC)Editor: Rc (UBC)Administração: Pommelo Distribuicoes (UBC)Publicado em 1995 (31/Jan) e lançado em 1995 (01/Abr)ECAD verificado obra #13795 e fonograma #836501 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM

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