Arrigo Barnabé
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Num Antro Sujo

Arrigo Barnabé


Só você não viu
Mas ela entrou, entrou com tudo
Naquele antro, naquele antro sujo
Você nunca imaginou, mas eu vi
No luminoso estava escrito
"diversões eletrônicas"
Era um balcão de bar de fórmica vermelha
E você ali, naquele balcão
- de quê?
De fórmica vermelha
Chorando, embriagado, pedia:
"garçon, mais um
Gin tônica"
Mas ele te avisou:
"você já bebeu muito, já bebeu demais"
Vai pra casa, moleque
E você foi, cambaleando
Até... até o telefone
Telefone público...pi pi pi pi pi pi pi
E discou, discou, discou
Novamente o mesmo número... número
No fliperama, ela entregava toda sua grana
- pra quem?
Prum boy, prum boyzinho sacana
Ex-motorista de autorama
Agora viciado nessas máquinas de corrida... viciado
Que tinha ganho fama pela sua perícia
Como volante
E pelo tratamento violento que dispensava
A suas amantes
Depois, quando clareou
E eles foram pro hotel
Ela viu um bêbado jogado no chão
E sorriu perversa

Compositor: Arrigo Barnabe
ECAD: Obra #1299774

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