Bivolt
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Odoyá

Bivolt


Da mão que bate e machuca
A si mesma pra ensinar
A pele seca que apanha
Lágrimas vem pra molhar
Salgada é o gosto da dor
Também é o gosto do mar
Doce, as águas dos rios
Nem todas são pra nadar
Baby, eu vim pra quebrar
A correnteza só leva quem não souber segurar
Ou quem se joga de uma vez
Porque sabe onde quer chegar
Se souber rimar, se virar, desviar
De corpos que vem pra atravessar
Tudo bem!
Cada um no seu canal
Cada qual com seu quintal
E no meu canto eu canto
Perto do vento formando um coral
Que beleza
Inspiração pra um ser
A água é bela, mas não bobeie
A onda pode engolir você
Vim pa desbravar o mar, não pra ser Mc de aquário
Trecho de uma vida loka
Cada linha é meu diário
Paro, penso: Existo
Num tô boiano, truta!
Só comparações que ajudam refletir minha luta
Glória ao pai
A filha que sempre soube trabalhar
Inveja existe mas, efeito em mim nenhum surtirá
Tem o triplo que torce por mim
Quem é zika de verdade sabe que existência nunca tem um fim

Como vou deixar de ser o que sou?
Se o que eu nasci pra ser é isso
Com a bença de mãe Odoyá
Lágrimas que vieram pra lavar e pra salgar a minha dor
Vem salgar

Como vou deixar de ser o que sou?
Se o que eu nasci pra ser é isso
Com a bença de mãe Odoyá
Lágrimas que vieram pra lavar e pra salgar a minha dor
Vem salgar

Compositor: Barbara de Oliveira Leite (Bivolt)
ECAD: Obra #17087698 Fonograma #14365845

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