Olhar fixo sempre atento no meu campo de visão Um descuido, uma brecha, e arrancam meu coração Mundo cheio de vilão, e eu não julgo Só quem foi ferido, não abaixa escudo Por isso eu não me iludo e tô ligeira nesse bang Logo de primeira, eu não confio em ninguém Interesseiro tem mais de cem, só de plantão Chamando de irmão, mas nunca divide o pão Então faço meu corre, ver din-din quero sim Do bom e do melhor, pro menor e pra mim Sei que geral aponta Sou dessas que afronta toda essa gente tonta Sempre mais atrasada que as minhas conta E a hipocrisia toma conta Foco aqui é mantra Pra não morrer com a ferida que sangra
(Na sala, numa fruteira, a natureza está morta)
Atrás do peixinho azul, que banca essa vida tão breve Eu procuro um alívio, que deixe um pouco mais leve A nossa vida segue, segue, segue Eu peço para jah, que a natureza morta não me cegue Nem cegue os moleque e as menina Parados lá na esquina, dispostas a cumprir sua missão Focados em seguir sua rotina, só na disciplina Escapando de bala e de camburão Dias bons, dias maus, atravessei o vale Toda essa escuridão, fez que o sonho se cale Mas mantenha a cabeça erguida Quando a vida te dá, quando a vida te tira Mantenha a esperança viva Vendo a nossa paz, caminhar sempre na mira dos tiras
(Na sala, numa fruteira, a natureza está morta)
Sei que gastei meu Adidas andando iludida, perdendo encontros Mas quero focar minha vida Seguir minha lida, percorrer os sonhos Eu ando pelas avenidas, ruas sem saída Cantando meu pão Vitória não é garantida Mas só é vivida se eu me proponho De volta a frente, na linha de frente Me conte o que tem pra trocar Sei que aí tem um monte de gente doidinha pra poder contar Índias guerreiras do monte me ensinaram a rastrear E eu vim lá de Sabará Deixa o primeiro atacar tá-tá-tá E eu vim lá de B.H. Deixa o primeiro atacar