Caçula & Marinheiro

Ladrão de Amor

Caçula & Marinheiro


Assim foi a polícia no encalço do ladrão
A ordem da justiça foi cumprida pela lei
Porém sobre o assunto eu não dou opinião
Se ele é inocente ou culpado, eu não sei

Somente sei dizer que em algum quarto do xadrez
Teria gente nova hospedada nesse dia
Agora, com licença, vou narrar para vocês
As cenas que passaram dentro da delegacia

("- Doutor delegado
Esse moço foi preso com esta senhorita
Por ter sido acusado de ladrão
E quem o acusa é esse moço

É mentira dele, doutor
Eu não roubei ninguém, eu juro
Roubou sim, doutor
Foi ele quem me roubou

Vamos, diga logo
O que foi que ele te roubou?

Roubou minha namorada, doutor
É mentira, doutor
Eu deixei dele e saí com outro porque eu quis
Ninguém me obrigou

Bem, se é assim, o acusado e a senhorita estão dispensados; Podem ir embora
E a vítima vai ficar uns dias por aqui. Podem leva-lo para o xadrez
Mas que que é isso, doutor?
Tenha dó. Além de perder a namorada ainda vou ficar preso?
Mas que gelada! ")

Assim foi resolvido esse caso de amor
Na decisão da lei houve a imparcialidade
Soltando o inocente, prendendo o causador
A vítima está presa e o réu em liberdade

Amor nunca se rouba, não se compra, nem se venda
Amor se oferece a alguém que se quer bem
Quem força um coração é porque não compreende
Que o amor não vai a força no coração de ninguém

Compositores: Benedito Onofre Seviero (Benedito Seviero), Luiz de Castro
ECAD: Obra #84799

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