Não sei de nada eu nunca fui capaz Trago a vida às avessas, muita vez Às vezes paro e penso e volto atrás E o que era para ser já se desfez
Eu nunca faço a cama de manhã Nem nunca sei a data dos lençóis Não vou querer o dia de amanhã Nem dor que, sem querer, ainda me dóis
Eu vivo assim, Maria de cabeça a andar ao vento Não sei de mim, porque o amor não vem do pensamento Vem das saudades de ser tua, fugires de mim é um tormento E ouço gritar lá na rua, Maria de cabeça a andar ao vento
Eu nunca vejo a tempo o meu correio Não leio as cartas nem nunca votei Eu corto as frutas todas pelo meio Como fiz aos amores que passei
Eu pinto a claridade do meu dia De olhos grandes, eu já sou mulher Não me permito ter a alma vazia E os meus medos, leve-os quem puder
Eu vivo assim, Maria de cabeça a andar ao vento Não sei de mim, porque o amor não vem do pensamento Vem das saudades de ser tua, fugires de mim é um tormento E ouço gritar lá na rua, Maria de cabeça a andar ao vento
Não sei de mim, porque o amor não vem do pensamento Vem das saudades de ser tua, fugires de mim é um tormento E ouço gritar lá na rua, Maria de cabeça a andar ao vento
Maria de cabeça a andar ao vento Maria de cabeça a andar ao vento