Cartel Mcs
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Canto da Sereia

Cartel Mcs

#CartelPulpFiction


(Shadow)

Quando o mar vier
Trará nas águas uma mulher
Ela vem como quem não quer
Além de alguém que lhe trate bem

Fêmea fatal, capital do pecado
Delírio carnal, coração gelado
Beleza que distrai o mais firme jogador
Veneno que se extrai do amor

Rosa sinuosa sem espinho aparente
Se os olhos não veem, o coração não sente
O perigo iminente, não te olha, te escaneia
Viúva negra tece sua teia, pra ceia, passeia

Os sete mares, musa da areia
Sete males na veia, o encanto da sereia
Que te doma, Sodoma e Gomorra
Medusa te cega, vira pedra

Tudo vira pedra, sem valor
Só vaidade de merda, cê nega que te dominou
Mas Deus te deixou só
E dela só restou o pó, só restou o pó

"Ouve e dá razão enquanto ela fala"

(Ber Mc)

Medusa dos mares, a musa de olhares
Vejo brilho singulares que me levam a lugares
Nunca antes navegados, no seu olhar vejo pecado
Minha mente pensa em vão, quando eu vi to do seu lado

Então me sinto leve na neve, piso macio
Decolo como ultra leve no frio passando rente nos fios
Ela é gostosa demais, ela é bonita demais
Sua energia me traz o instinto louco de um animal voraz

Atrás de sua fêmea, cheirando seu cangote
Caprichando na resenha, querendo dar o bote
Esperando com a senha, com um golpe de sorte
Acerto o fogo com a lenha

E ela canta intercalando os gemidos
Os seus valores, claro, foram corrompidos
Ela ativou os seus sensores de libido
Tu vai gamar mesmo que tu seja bandido

"Ouve e dá razão enquanto ela fala"

Hey, quando o mar vier
Trará nas águas uma mulher

Ela vem como quem não quer, além
Ela vem como quem não quer, além
De alguém que lhe trate
de alguém que lhe trate bem

(Ramonzin)

Nesse mar de concreto, reproduz Ilhas de Capri
Prédios são rochedos, ela canta e exala charme
Armas são o canto, a flauta, a lira
Me ganha no encanto, na falta, pira

Tragam cera pros ouvidos de Homero
Mas sua melodia é demais
E eu quero mais!
Mentes eternizam o que sentidos somatizam
Se os olhos idealizam, corações realizam

Entre os drinks, sexo, coisas
Noites babilônicas me usa, ousa!
Filha de Calíope, arma útil do desejo
Tá na pele, me fere
Ela é sutil como um beijo

Cada esquina uma ideia, cada praia uma odisseia
Ela tem o que me anseia
Sonhos desse mundo são, castelos de areia e vão
Desmanchar quando cair no canto da sereia

"Ouve e dá razão enquanto ela fala"

Compositores: Victor Hugo Freitas da Silva (Funkero), Bernardo de Marsillac Romeiro Neto (Ber), Mauricio Augusto Lourenco (Pele Milflows)
ECAD: Obra #26111662

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