Quando o mar vier Trará nas águas uma mulher Ela vem como quem não quer Além de alguém que lhe trate bem
Fêmea fatal, capital do pecado Delírio carnal, coração gelado Beleza que distrai o mais firme jogador Veneno que se extrai do amor
Rosa sinuosa sem espinho aparente Se os olhos não veem, o coração não sente O perigo iminente, não te olha, te escaneia Viúva negra tece sua teia, pra ceia, passeia
Os sete mares, musa da areia Sete males na veia, o encanto da sereia Que te doma, Sodoma e Gomorra Medusa te cega, vira pedra
Tudo vira pedra, sem valor Só vaidade de merda, cê nega que te dominou Mas Deus te deixou só E dela só restou o pó, só restou o pó
"Ouve e dá razão enquanto ela fala"
(Ber Mc)
Medusa dos mares, a musa de olhares Vejo brilho singulares que me levam a lugares Nunca antes navegados, no seu olhar vejo pecado Minha mente pensa em vão, quando eu vi to do seu lado
Então me sinto leve na neve, piso macio Decolo como ultra leve no frio passando rente nos fios Ela é gostosa demais, ela é bonita demais Sua energia me traz o instinto louco de um animal voraz
Atrás de sua fêmea, cheirando seu cangote Caprichando na resenha, querendo dar o bote Esperando com a senha, com um golpe de sorte Acerto o fogo com a lenha
E ela canta intercalando os gemidos Os seus valores, claro, foram corrompidos Ela ativou os seus sensores de libido Tu vai gamar mesmo que tu seja bandido
"Ouve e dá razão enquanto ela fala"
Hey, quando o mar vier Trará nas águas uma mulher
Ela vem como quem não quer, além Ela vem como quem não quer, além De alguém que lhe trate de alguém que lhe trate bem
(Ramonzin)
Nesse mar de concreto, reproduz Ilhas de Capri Prédios são rochedos, ela canta e exala charme Armas são o canto, a flauta, a lira Me ganha no encanto, na falta, pira
Tragam cera pros ouvidos de Homero Mas sua melodia é demais E eu quero mais! Mentes eternizam o que sentidos somatizam Se os olhos idealizam, corações realizam
Entre os drinks, sexo, coisas Noites babilônicas me usa, ousa! Filha de Calíope, arma útil do desejo Tá na pele, me fere Ela é sutil como um beijo
Cada esquina uma ideia, cada praia uma odisseia Ela tem o que me anseia Sonhos desse mundo são, castelos de areia e vão Desmanchar quando cair no canto da sereia
"Ouve e dá razão enquanto ela fala"
Compositores: Victor Hugo Freitas da Silva (Funkero), Bernardo de Marsillac Romeiro Neto (Ber), Mauricio Augusto Lourenco (Pele Milflows) ECAD: Obra #26111662