Grosiei os cascos do melhor pingo da estĂąncia Botei encilha e montei nesse ventena Num trote largo desses de engolir distĂąncias Sai na Ăąnsia de rever minha morena
Todo motivo de campear essa gaĂșcha Foi na vanera que dançamos bem juntinhos LĂĄ na Tia Nena eu apertava a morena E ela sem pena me judiava de carinhos
Quando escuto o som da gaita galponeira Me faz lembrar do surungo da Tia Nena O gaiteiro sapecando uma vanera E eu dançando agarradinho com a morena
Morena linda como essa nĂŁo se iguala Naquela noite nunca mais dancei com ela Levo Ă cabresto esta saudade baguala Pois no meu pala ainda sinto o cheiro dela
Tua lembrança me då suspiro profundo Tirou a calma da minha alma tão serena Faz um bom tempo que não entro num surungo Não tenho mundo distante dessa morena
Por mais que ande não adoço minhas penas Gastei o mango e a roseta das esporas Pergunto a todos onde estå minha morena Nem Tia Nena me responde onde ela mora
Mas se um dia a morena aparecer Arrasto ela pra dançar a noite inteira Faço a morena no meu ombro adormecer E reviver aquele sonho na vanera
Compositores: Joao Pantaleao Goncalves Leite (Joao Pantaleao), Ronildo de Andrade Pontes (Canhoto), Francisco Desiderio Alves Correa (Chiquito) ECAD: Obra #175020 Fonograma #608686